4 de junho de 2013

Fraude do leite no Rio Grande do Sul

     Os  consumidores requerem alimentos seguros e exigem que, cada vez mais, produtos com qualidade e garantias.
     No caso do leite, a cadeia que começa com os produtos rurais, passando pela indústria, o distribuidor e o varejo, busca boas práticas para oferecer os melhores padrões sanitários, nutricionais e de higiene.
     O produtor de leite, dentro de sua propriedade vem aperfeiçoando o manejo dos animais e o processo de ordenha e conservação. Houve uma mudança da ordenha manual para mecanizada, leite canalizado da ordenha até o resfriador que, por sua vez, mudou de galão para modernos equipamentos de inox. Tudo isso para atender as normativas da fiscalização e o enquadramento do nosso produto nos padrões desejados.
    A fiscalização sobre a produção é rigorosa, devendo o produtor se adequar às leis da vigilância sanitária, com vacinas e testes que comprovem a sanidade dos animais. A higiene nos galpões, nos equipamentos e até nos trabalhadores que executam a ordenha.
   A indústria deve ser inspecionada pelo serviço público, municipal, estadual ou federal, além de ter responsável técnico no processo de fabricação ou beneficiamento.
   O consumidor ao comprar um alimento considera o preço e a qualidade, muitas vezes influenciado pela propaganda e por promoções de venda.
   No elo desta cadeia, aparentemente harmônica, existe o intermediário, que se estabelece entre o produtor e a indústria. Pouco ou quase nada fiscalizados, compram leite diretamente dos produtores, transportam até entrepostos, e deste vendem para as indústrias. 
   Algumas indústrias para se desincumbirem da difícil missão de recolher leite propriedade por propriedade, fazendo caminhos longos em estradas de difícil trafegabilidade, preferem comparar o leite destes transportadores/atravessadores, abrindo mão da qualidade, fidelidade e segurança.
   A fraude existe na adulteração da qualidade do leite, com a adição de produtos indesejáveis e água. A água diminui a qualidade e outros produtos utilizados na mistura para burlar as análises, certamente comprometerão a saúde dos consumidores.
  Precisamos de maior fiscalização. Está comprovada que a fiscalização em todas as etapas da industrialização é falha, tanto no recebimento do leite nas plataformas das agroindústrias, no processo industrial, e na venda do produto acabado.