11 de junho de 2015

TENDÊNCIA DO PREÇO FUTURO DA SOJA

     O USDA (United States Department of Agriculture) Departamento de Agricultura dos Estados Unidos que é representado em 82 países por seus escritórios internacionais divulgou relatório, com o segundo levantamento da safra de soja 2015/2016.
     O relatório aponta uma produção global praticamente idêntica ao relatório do mês de maio, prevista em 317,6 milhões de t.
     O consumo mundial foi elevado em 1,4 milhão de t em relação ao relatório de maio, estimado em 305,6 milhões de t ou 11,7 milhões de t a mais do que o realizado em 2014/15, o que significa um novo recorde.
Os estoques finais foram revisados para baixo em 3 milhões de t em relação ao relatório anterior, totalizando 93,2 milhões de t.
     As exportações globais se mantiveram praticamente inalteradas, previstas em 122,2 milhões de t para 2015/16, ante embarques de 117,9 milhões de t em 2014/15, o que representa um incremento de 3,6% no período.
     O USDA manteve a expectativa de colheita dos EUA inalterada em comparação ao levantamento anterior, em 104,8 milhões de t, o que significaria um recuo de 3,0% sobre o recorde de 2014/15. Isso se deve à menor produtividade esperada para o atual ciclo. Para o Brasil, o USDA prevê aumento de área plantada e manutenção da produtividade média, resultando em uma colheita de 97,0 milhões de t, volume recorde que supera em 2,5 milhões de t o observado em 2014/15.
     A China mantém a trajetória de crescimento no consumo de soja, que deve chegar a um novo recorde, estimado em 89,3 milhões de t em 2015/16 o que, se confirmado, será 4,1% superior ao volume do período anterior. O consumo brasileiro foi elevado em 1 milhão de t em relação ao levantamento de maio, estimado em 42,7 milhões de t. Segundo o USDA, o crescimento se deve à maior demanda por farelo de soja no país.
O USDA aponta para um crescimento nas exportações brasileiras de soja no período 2015/16. O país, segundo o órgão, deve embarcar 49,8 milhões de t, o que seria 9,0% superior ao registrado em 2014/15, resultando em um recorde e na retomada da liderança no ranking global de exportação. Para os EUA, o USDA não alterou as expectativas divulgadas em seu relatório anterior, o que significa uma redução de 1,9% sobre o volume recorde exportado em 2014/15, totalizando 48,3 milhões de t.
     O USDA prevê estoques 3,5% menores para a China, que começa a ampliar o volume de esmagamento do grão, e pode chegar ao final do período com 13,9 milhões de t. Em relação ao levantamento de maio, o departamento de agricultura dos EUA revisou para baixo as estimativas de estoques do Brasil (-11%) e dos EUA (-5%), que chegariam ao final de 2014/15 com 27,7 milhões de t e 12,9 milhões de t, respectivamente.