3 de novembro de 2024

idade dos ovinos

 


seguidores do blog da agrobranco

 


Planta exótica

           Planta exótica é aquela dada como proveniente de fora da flora original local. Ou seja, uma planta exótica, não é autóctone do ambiente nativo.

Em muitos lugares do mundo as plantas exóticas causam desequilíbrios no ecossistema local e são consideradas como espécies invasoras.
     Muitas plantas exóticas foram introduzidas em novos territórios, as vezes como plantas ornamentais, para controle de erosão, forrageira, alimentação humana ou animal, ou exploração florestal.

Se uma espécie exótica se tornará uma invasora raramente poderá ser identificada no início da plantação, assim, muitas plantas não nativas são plantadas durante anos até que repentinamente se naturalizaram e tornam-se espécies invasoras.

Muitas espécies introduzidas requerem contínua intervenção humana para sobreviver no novo ambiente.

Outras podem tornar-se selvagens, mas não competem com as nativas e simplesmente aumentam a biodiversidade da área.

Existe uma repulsa dos ambientalistas brasileiros contra as plantas chamadas exóticas. Sua posição, radical, idolatra a vegetação nativa. O assunto virou tabu: espécie exótica é do mal; nativa, do bem.

Muitas espécies de árvores são exóticas do Brasil como o cipreste italiano, a enorme tipoana argentina, o lindo flamboyant africano, e o álamo canadense entre outras. Entre as brasileiras usadas no sombreamento urbano destacamos os coloridos ipês, porém nenhum cidadão discrimina a sombra fresca que todas oferecem ao calor do cimento das cidades.

Na fruticultura ainda é maior a migração forçada pelos povos no decorrer das colonizações.

Da Ásia tem origem a tangerina, a uva, a banana.

Da Índia vem a manga, a jaca, a carambola.

Originária da China é a ameixa, o pêssego, a laranja, o caqui.

O figo tem origem no mediterrâneo, o mamão no México, a melancia na África e o melão no Oriente Médio.

O abacate, o abacaxi e a goiaba vieram da América Central, a maçã da Sibéria.

Brasileira, mesmo, são poucas as comercializadas em grande quantidade, destacando a jabuticaba, o caju, o cacau, entre outras.

O coco-da-baía ostenta o nome a terra de Jorge Amado, mas chegou da África, trazido pelas correntes marinhas.

No caso de verduras e legumes se destacam as exóticas cebola e alface (asiáticas), a berinjela e o pepino (indianos), a cenoura, a beterraba e a couve (mediterrâneas), o cará, o maxixe e o quiabo (africanos). Restam como latino-americanos o chuchu, a abóbora e o pimentão. Sul-americano, sabidamente, apenas o tomate.

Interessante é saber que exótica é também boa parte dos grãos que alimentam o povo, a começar pelo arroz e a soja que são asiáticos, o trigo, cujas origens se encontram na Europa e na Ásia, o amendoim, girassol, batata e milho se originaram nas montanhas andinas da América, o café nasceu na África, a cana-de-açúcar veio da Índia e o feijão, típico do prato nacional, tem origem difusa em vários continentes.

Brasileiríssimas resta a mandioca.

Normalmente as pessoas desconhecem a origem dos alimentos. Isso, entretanto, não as impede, nem aos próprios ecologistas radicais, de consumi-los com apetite, independentemente da procedência.

Saborosos e nutritivos, todos têm sido fundamentais para a qualidade de vida dos povos. Fruto do trabalho da agronomia, caíram no gosto popular e se tornaram cosmopolitas. Viajaram o mundo.

Poderia se questionar e uma espécie originalmente de um bioma quando plantada e outro, mesmo dentro do mesmo país, se pode ser considerada exótica.

Assim, no território de São Paulo, situado no bioma da Mata Atlântica, considera-se exótica a seringueira, eis que nativa do bioma da Amazônia, no nordeste, ao contrário do que muitos pensam, o praiano caju é exótico, pois sua origem está na floresta amazônica, assim como o cacau, que, embora seja também amazônico, adorou viver nas terras de Ilhéus.

Na recente discussão sobre o Código Florestal, o assunto da vegetação exótica tomou destaque.

Foi proposto, sob certas condições, plantações de frutíferas ou silvícolas na recomposição das APPs , áreas de proteção permanente, pois além de proteger o meio ambiente poderia gerar renda, especialmente para a agricultura familiar que possui pequenas áreas, e depende destas para a sua sobrevivência.

Houve, porém, forte restrição dos puritanos ambientais.

As decisões palacianas, associadas ao temor ecológico contra as plantas exóticas estão na contra mão daquilo que parece o mias sensato.
     Não podemos negar que as espécies estranhas à flora nativa, podem não participar das cadeias produtivas alimentares, pouco auxiliando na vida silvestre, e que algumas espécies retiradas de seu ecossistema nativo se livram de predadores e parasitas naturais, que lá controlam sua população podendo se multiplicar exageradamente, prejudicando a flora e a fauna locais.

 

Georreferenciamento de imóveis rurais

          O georreferenciamento de imóveis rurais é um processo que vem revolucionando o campo ao trazer precisão técnica e segurança jurídica para a definição de propriedades. O método consiste na descrição detalhada do imóvel, incluindo suas características, limites e confrontações, utilizando coordenadas geográficas dos vértices que delimitam o terreno. Essas coordenadas são inseridas no sistema geodésico brasileiro, com precisão estabelecida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).

Em termos simplificados, o georreferenciamento funciona como um “endereço” exato do imóvel no globo terrestre, garantindo que cada propriedade tenha coordenadas únicas. Essa precisão elimina a possibilidade de sobreposição de terrenos, um problema histórico no meio rural brasileiro.

“O georreferenciamento é essencial para os donos de imóveis rurais, já que terá toda a documentação do local legalizada, tem segurança jurídica e ainda contribui para a valorização do imóvel. Com os documentos regularizados, o proprietário tem acesso, por exemplo, a iniciativas governamentais para acesso ao seguro e crédito rural”.

Mudança na área do georreferenciamento

O georreferenciamento é uma ferramenta essencial na luta contra a grilagem de terras e conflitos fundiários, que historicamente afetam o setor rural no Brasil. Os proprietários de terrenos em zona rural devem ficar atentos para a alteração do artigo 3º no Decreto 4.449/2022, que determina prazos para a realização do georreferenciamento, atualmente imóveis acima de 25 hectares, já devem ter o georreferenciamento averbado na matrícula. A partir de 21/11/2025, todos os imóveis rurais devem ter o georreferenciamento averbado a margem da sua matrícula.

Imóveis que não cumprirem esses prazos estão impedidos de registrar qualquer novo ato na matrícula, incluindo a venda ou transferência, até que o georreferenciamento seja realizado, certificado pelo INCRA e averbado a margem da matrícula. O proprietário ainda será impedido de efetuar empréstimos ou financiamentos.

Quem pode fazer o georreferenciamento?

Somente profissionais habilitados pelos Conselhos de Classe, como exemplo o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e credenciados pelo INCRA podem executar esse trabalho. Além disso, o profissional deve ser formado na área de engenharia ou ter feito um curso específico sobre o tema. O profissional ainda deve emitir Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou o Termo de Responsabilidade Técnica (TRT), no caso dos técnicos.

18 de dezembro de 2023

Safra mundial de soja 2023/2024

 

Safra Mundial de Soja 2023/24

 

Conforme o 8º Levantamento do USDA para o Brasil, a estimativa de produção de soja para a safra 2023/24 foi reduzida em 2,0 milhões de toneladas na passagem do mês, para 161,0 milhões, refletindo as condições quentes e secas no sul do Mato Grosso e no nordeste do Brasil.

No entanto, houve uma atualização nos números da safra 2022/23, elevando a produção brasileira em 2,0 milhões de toneladas.

Para a Argentina e Estados Unidos, as previsões para a produção da oleaginosa permaneceram inalteradas nesse levantamento em relação ao de novembro.

O consumo global de soja ficou praticamente estável nesse relatório, com leve aumento de 0,3 milhão de toneladas em relação à previsão anterior.

 Já na comparação anual, a demanda pela oleaginosa na safra 2023/24 deve ficar 19,8milhões de toneladas, ou 5,4%, acima do volume consumido na temporada passada.

Para China, Estados Unidos, Brasil e Argentina, a previsão para demanda de soja permaneceu inalterada em relação às estimativas do relatório de novembro.

Os 4 países juntos respondem por 75% do consumo global de soja.

O aumento da oferta da safra 2022/23 e o início das exportações na campanha de comercialização 2023/24 (a partir de outubro de 2023) levaram a um aumento de 2,0 milhões de toneladas nas exportações brasileiras de soja.

 Já na comparação anual, os embarques da soja brasileira devem atingir 99,5 milhões de toneladas, ficando 4,0 milhões de toneladas acima do resultado da temporada 2022/23.

Para os Estados Unidos e Argentina, as estimativas para as exportações de soja permaneceram inalteradas na passagem do mês.

A previsão para os estoques finais de soja no Brasil recuou 2,1 milhões de toneladas nesse levantamento de dezembro em relação ao do mês anterior.

 Ainda do lado das quedas, os estoques de soja da União Europeia foram revisados ligeiramente para baixo, em 0,1 milhão de toneladas na comparação mensal.

As quedas foram compensadas parcialmente por um aumento na estimativa para os estoques finais da oleaginosa na China, elevados em 2,0 milhões de toneladas nesse relatório.

18 de junho de 2020

Safra Mundial de soja


Em seu 2º. levantamento da safra mundial de soja 2020/21, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América- USDA apresentou poucos ajustes em relação ao relatório anterior. 
Para esse mês, o órgão estimou uma produção de 362,8 milhões de toneladas, crescimento de 8,2% ou 27,5 milhões de toneladas em relação ao ciclo 2019/20. O aumento advém de uma expectativa de maiores colheitas nos EUA, Brasil e Argentina.
O consumo mundial foi revisado para cima na passagem do mês, projetado em 361,7 milhões de toneladas, aumento de 3,8% em relação a safra passada. Os estoques devem ficar ligeiramente menores em relação ao registrado na safra 2019/20, totalizando 96,3 milhões de toneladas (-2,9%). 
O volume representa 26,6% da demanda mundial.
A expectativa para as exportações globais ficou em 162,0 milhões de toneladas, incremento de 4,1% em relação a safra anterior, com perspectiva de embarques recordes. 
A estimativa para a produção de soja no Brasil, na safra 2020/21, foi mantida na passagem do mês, projetada em 131 milhões de toneladas. Se confirmada, o país continuará em sua posição de liderança na oferta mundial da oleaginosa.
O órgão também manteve inalterada a expectativa de produção de soja para EUA e Argentina, outros grandes produtores da commodity ao lado do Brasil. Em relação a safra passada, a colheita americana em 2020/21 deve ser 16,1% superior, e a argentina, 7,0% maior.
Na comparação mensal, a estimativa para a produção no México foi revisada para baixo, em 2,5%.
O consumo mundial foi revisado para cima na passagem do mês, em 0,3%, puxado por aumentos pela demanda de soja na China e nos EUA.
Na China, a demanda foi estimada em 111,9 milhões de toneladas, crescimento de 0,4% em relação ao levantamento anterior.
Já o consumo nos EUA foi projetado em 62,0 milhões de toneladas, 0,7% maior que a estimativa do mês passado.
O aumento decorre de uma previsão de maior esmagamento da oleaginosa, em função do aumento no uso doméstico de farelo de soja.
As exportações de soja dos EUA para 2019/20 foram revisadas para baixo em relação ao mês passado, caindo de 45,6 milhões para 44,9 milhões de toneladas, devido a maior concorrência com a América do Sul. Com isso, o crescimento das vendas externas da oleaginosa devem ser 24,2% maiores em 2020/21.
Para 2019/20, as exportações de soja aumentaram 1 milhão de toneladas para Argentina e Brasil, com base no ritmo recente dos embarques, reflexo do aumento das compras de soja para esmagamento pela China. No entanto, para a safra 2020/21, Brasil deve ter queda de 2,4% nos embarques e Argentina, redução de 27,8%.
Os estoques mundiais registraram uma queda de 2,1% na comparação com o levantamento anterior. Esse desempenho foi influenciado, principalmente, pela estimativa de redução nos estoques da Argentina (-5,1%), do Brasil (-3,4%) e dos EUA (-2,4%), na mesma base de comparação. 
Os menores volumes são devido às revisões dos balanços 2019/20, que registraram um pior desempenho do que o previsto anteriormente.
O estoque de soja da China teve aumento de 1,9% em relação ao relatório de maio, e foi projetado em 27,7 milhões de toneladas. O montante, se confirmado, será 5,7% maior que o da safra 2019/20.