No 2º levantamento da safra
mundial de soja 2017/18, o USDA prevê aumento da área plantada, mas a
produtividade média global deve ser inferior à do ciclo 2016/17.
Com isso, a
oferta mundial da oleaginosa deve ser de 344,7 milhões de toneladas, 1,9% menor
do que a safra anterior.
O consumo global não
apresentou alteração em relação à estimativa de maio e segue recorde, projetado
em 344,2 milhões de toneladas. Os estoques globais do grão devem ser menores em
2017/18, em comparação à 2016/17, e chegar à 92,2 milhões de toneladas.
As exportações mundiais de soja no período
2017/18 devem ser de 149,1 milhões de toneladas, aumento de 3,1% em relação ao
volume embarcado em 2016/17.
A expectativa de colheita
dos EUA ficou inalterada em comparação ao levantamento anterior e menor em relação
à safra 2016/17, estimada em 115,8 milhões de toneladas. Isso se deve à
previsão de queda na produtividade média da cultura no país.
Para o Brasil, embora seja prevista uma área
plantada recorde, a menor produtividade esperada para a safra 2017/18 reflete a
expectativa de produção do País, que deve colher 107,0 milhões de toneladas,
6,1% a menos que na safra anterior.
Em relação ao relatório
anterior, divulgado em maio, o consumo dos principais players ficou inalterado.
Com isso, todos os países devem registrar demanda recorde para 2017/18.
A China é o grande destaque
(novamente). O País deve consumir 106,8 milhões de toneladas e registrar mais um
recorde. Desde a safra 2003/04 o país cresce ano-a-ano sua demanda pelo grão,
quando partiu de 34,4 milhões de toneladas para o volume atual projetado.
Em relação à maio, as
estimativas ficaram praticamente inalteradas para todos os principais players
globais.
O Brasil segue como o maior exportador mundial
de soja, com previsão de embarques recordes, estimados em 63,5 milhões de
toneladas. Já os EUA, segundo maior player mundial, deve exportar 58,5 milhões
de toneladas. Os dois países somados representam mais de 80% de toda soja
exportada pelo mundo.
O USDA prevê estoques
menores para a China, que começa a ampliar o volume de esmagamento do grão, e pode
chegar ao final do período com 17,4 milhões de t.
Em relação ao levantamento de maio, o
departamento de agricultura dos EUA elevou as estimativas de estoques do Brasil
(+7,7%), Argentina (+5,2%) e dos EUA (+3,1%), chegando ao final de 2017/18 com
23,1 milhões de toneladas, 32,5 milhões de toneladas e 13,5 milhões de
toneladas, respectivamente.