O Departamento de
Agricultura dos EUA -USDA- divulgou o quarto levantamento sobre a estimativa da safra mundial
de soja em 2017/18.
O órgão destaca uma colheita de 347,4 milhões de toneladas,
o que corresponde a um incremento de 2,3 milhões de toneladas entre julho e
agosto e queda de 1,2% contra 2016/17.
Esse desempenho em relação à safra
anterior é explicado pela expectativa de menor área plantada e produtividade
média global.
Espera-se um volume recorde
para o consumo e para os estoques no mundo, na ordem de 343,3 milhões de
toneladas e 97,8 milhões de toneladas, respectivamente.
O volume global de
exportação foi projetado em um recorde de 151,2 milhões de toneladas para o
final do período 2017/18.
A previsão para a produção
dos EUA foi elevada em 3,3 milhões de toneladas em comparação ao terceiro levantamento,
projetada em 119,2 milhões de toneladas.
O resultado surpreendeu o
mercado, em razão, principalmente, da melhora na expectativa da produtividade
média das lavouras no país.
Para o Brasil, a estimativa é de uma colheita
da ordem de 107 milhões de toneladas em 2017/18, sob uma área de 34,7 milhões
de hectares. A produtividade prevista para a oleaginosa no país é de 3,1 t/ha.
As estimativas para o
consumo norte-americano ficaram 250 mil toneladas abaixo da anterior,
totalizando 56,5 milhões de toneladas. No entanto, em relação à safra passada,
o volume é 3,4% maior e representa um recorde para o país.
As previsões para o consumo chinês
mantiveram-se estáveis na comparação mensal, em 108,1 milhões de toneladas,
volume recorde.
Na passagem de julho para
agosto, o USDA elevou a estimativa para as exportações dos EUA, totalizando
60,6 milhões de toneladas ao final de 2017/18, incremento de 3,5% sobre
2016/17.
Para o Brasil, não houve alteração nas
previsões anteriores e o país deve embarcar 64,0 milhões de toneladas, recorde 4,9%
maior que 2016/17. Com esse resultado, o país se consolida como o maior
fornecedor mundial da
oleaginosa.
Os estoques mundiais foram
elevados entre o terceiro e quarto levantamento, estimados em 97,8 milhões de toneladas
para o final do período projetado.
Em relação ao relatório anterior, a Argentina
foi quem mais elevou seu nível de estoque, passando de 33,1 para 36,7 milhões
de toneladas, aumento de 11% de um mês para o outro. Com isso, o volume supera
em 3,3% o verificado na safra 2016/17.