SAFRA
MUNDIAL DE SOJA
Em
seu primeiro levantamento para a safra mundial de soja 2019/20, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos - USDA previu
uma produção mundial de soja de 355,7 milhões de toneladas, queda de 6,4
milhões de toneladas em relação a safra anterior. A produção menor para os Estados
Unidos, Argentina e Canadá, foi parcialmente compensada por uma maior safra
brasileira.
O
consumo foi projetado em 355,4 milhões de toneladas, e representa um
crescimento de 2,4% em relação ao ciclo passado. Com o equilíbrio entre oferta
e demanda, os estoques devem continuar nos mesmos níveis da safra 2018/19,
totalizando 113,1 milhões de toneladas.
As
exportações globais do grão para 2019/20 foram estimadas em 151,2 milhões de
toneladas, embarques relativamente estáveis em relação a safra 2018/19.
A
produção brasileira de soja foi projetada em 123,0 milhões de toneladas, um
aumento de 6,0 milhões em relação à safra passada.
O
crescimento esperado reflete uma expansão na área plantada e tendência de maior
produtividade.
Já a
colheita americana da oleaginosa foi estimada em 112,9 milhões de toneladas,
queda de 8,7% em comparação ao ciclo anterior, em função de redução na área.
A
produção argentina registrou queda de 3,0 milhões de toneladas em relação à
temporada 2018/19.
O
consumo global da oleaginosa foi estimado em 355,4 milhões de tonelada, 8,2
milhões de toneladas acima do ciclo passado. Apesar da expectativa de queda no consumo
de farelo de soja na China, espera-se um crescimento de aproximadamente 2% na
demanda global de farelo em 2019/2020.
Para
Argentina e Brasil, a estimativa de consumo de soja registrou crescimento de
6,6% e 2,5%, respectivamente.
Já
para Estados Unidos e China, a expectativa é de demanda relativamente estável
em relação à safra anterior.
A
estimativa para os embarques de soja dos EUA registrou um crescimento de 9,9%
na comparação com a safra recorde de 2018/19, totalizando 53,1 milhões de toneladas.
Para
o Brasil, o órgão espera uma redução de 4,5% nos embarques da oleaginosa em
relação ao ciclo anterior.
Argentina
e Paraguai devem ter aumentos expressivos nas vendas externas de soja nessa
temporada em relação a passada, respectivamente de 11,1% e 10,7%.
O
USDA reduziu as projeções para os estoques finais de soja da Argentina e dos
EUA, que devem ficar 7,3% e 2,5%, respectivamente, menores em relação à safra anterior.
Já
para o Brasil, com o prognóstico de uma safra recorde, a expectativa é de
estoques 6,5% acima do volume da temporada anterior.
No
caso da China, o órgão estimou estoques relativamente estáveis em relação a safra
2018/19, com possível crescimento de 0,8% nesse ciclo.