RAÇA SANTA INÊS
Santa
Inês é uma raça de ovelha desenvolvida no Brasil a partir
do cruzamento das raças; portuguesa Morada Nova e a italiana Bergamácia, com
quatro tipos de pelagem: preta, branca,
marrom e malhada.
É a raça mais criada no Brasil, com maior rebanho, sendo
criada de norte a sul e de leste a oeste do território brasileiro.
A raça Begamácia, são ovelhas com excelente aptidão para leite,
podendo produzir por lactação até 250 quilos de leite com 6% de gordura. São
ovelhas muito prolíficas sendo muito comum o nascimento de gêmeos.
A raça Morada
Nova, com dupla aptidão para carne e couro, destacando-se por ser muito rústica,
reduzindo bastante os custos de criação é indicada para criação no sistema
extensivo e a pasto. É um ovino deslanado e seu couro é considerado de
excelente qualidade.
Graças a
esta origem as ovelhas Santa Inês são excelentes matrizes, criando
muito bem seus cordeiros.
A raça pode não surpreender em termos
de aparência, contudo o porte menor da raça permite uma maior quantidade de
animais por hectare comparada a raças maiores, ganhando vantagens em termos de
peso total e número de nascimentos.
É uma das raças com maior prolificidade, com média
de nascimentos por volta de 1.7 por parto e intervalo entre parições de 7 meses,
sendo comum o nascimento de gêmeos e não raro o parto de trigêmeos com
mães de excelente habilidade materna.
Raça de médio porte, com
alto potencial para crescimento, com peso médio das fêmeas adultas variando de
60 a 70 kg e os machos 80 a100 kg.
Sua carne
é apontada por apreciadores de carne ovina como macia, de alta qualidade, muito
suculenta e benéfica a saúde.
Restaurantes
com gastronomia requintada têm procurado na Santa Inês uma carne
diferenciada, para atender clientes de paladar exigente, oferecendo opções de
cortes e/ou preparos especiais.
As ovelhas Santa Inês não têm lã,
e sim pêlos curtos e finos, com pele pigmentada.
Suas pernas compridas e ossatura vigorosa, com troncos
fortes e traseiros grandes, que facilitam a desenvoltura para caminhar.
A maioria das raças ovinas apresentam
cio somente num determinado período, sendo que a grande maioria delas tende a
entrar na estação reprodutiva a partir de fins de dezembro. Depois, passam um
período sem apresentar cios, mesmo não estando gestando. A tendência é entrar
em cio após o solstício de verão (dia mais longo do ano).
A raça Santa Inês é uma exceção à regra.
Não são poliéstricas estacionais, isto significa que podem emprenhar em qualquer
época do ano. Isto facilita a programação do nascimentos dos cordeiros, ou se
preferir, tem partos durante todo ano, distribuindo a produção para atender os
consumidores de cordeiros mamão nos doze meses do ano.
A Santa
Inês destaca-se como excelente alternativa para a produção de carne em
quase todas as regiões do Brasil, com o diferencial de apresentar bom
desenvolvimento ponderal, boa resistência a parasitas gastrointestinais. Estes
atributos a colocam em posição estratégica como reserva de diversidade genética
factível de uso em programas de melhoramento, por meio de seleção e
cruzamentos.