A
agricultura que garante renda e lucro aos produtores deverá ser
competitiva e, para isso precisa focar em três elementos essenciais:
a estratégia de mercado, o processo produtivo eficiente e eficaz e
mão de obra habilitada ou treinada.
Todas
as pessoas que trabalham nos empreendimentos agrícolas devem ser
capacitadas constantemente, independentes de cargos, funções e
tarefas que exercem.
Nos
dias atuais os produtores rurais ou dominam as tecnologias de
produção ou sabem onde buscar as informações necessárias para
obter bons rendimentos.
Mas
isso só não é suficiente, porque na
hora de enfrentar o mercado, na sua maioria não suportam a
concorrência, em função do baixo poder de negociação na compra e
venda. Quando vão comprar pedem quanto custa e na venda pedem quanto
me pagam, isto provocado pela concentração das forças dos
compradores e vendedores.
O
desafio para esses agricultores é entender como estão estruturadas
as cadeias produtivas de seus negócios, quem são os concorrentes,
fornecedores e compradores, como estão compostas todos os agentes do
mercado, qual o mercado apropriado para cada produto, como fortalecer
o poder de barganha para enfrentar as desigualdades e,
principalmente, os atravessadores da compra da produção e da venda
de insumos.
O
mercado é decisivo no sucesso de qualquer empreendimento. É o
comprador (cliente) que traz dinheiro para a propriedade produtora.
Sem dúvida, é uma tarefa difícil, quase impossível, enfrentarem
esse desafio sem um bom assessoramento. É preciso estar bem
informado.
A
melhor estratégia para a competitividade é colocar o mesmo produto
no mercado, com a mesma qualidade ou superior a da concorrência, a
preço menor.
Deverá
ser levado em conta a natureza do produto comercializado se é uma
commodities
agrícolas,
um produto diferenciado, transformado com agregação de valor,
beneficiado ou industrializado.
A
estratégia para a boa competitividade deverá identificar três
fases, separadamente e aplicadas ao mesmo tempo. A análise dos
custos, da tecnologia de produção e do mercado.
Quando
optamos pela produção das commodities
agrícolas há
necessidade de competir com grandes volumes, uma vez que o produto e
os preços de mercado são semelhantes e com margem pequena. Deve-se,
portanto, buscar maior eficiência no sistema de produção, para se
obter maior produtividade com menor custo.
Se
optarmos por um produto diferenciado devemos criar uma imagem a ser
aceita pelos compradores de que seus produtos são únicos pelo
atendimento personalizado aos clientes, exclusividade, design,
embalagem, tecnologia, e outras vantagens atrativas aos consumidores
e à rede de distribuição.
Se
preferirmos a diversificação que consiste na expansão
do seu leque, pode-se se obter rendimentos maiores pela oferta de
diferentes produtos oferecidos em atividades complementares ou
suplementares que evidenciam a distribuição das receitas ao longo
do ano, o uso mais eficiente dos ativos e a redução dos riscos.
Um
processo
produtivo eficiente deve ter elevada produtividade, custos
competitivos de forma a permitir uma boa margem de lucro aos
agricultores que, resumidamente, consiste em aumentar as receitas
reduzindo as despesas.
O
custo de produção de um produto é um valioso instrumento para
medir o
fator
econômico das tecnologias usadas pelos agricultores, que
acompanhados de outros indicadores técnicos e econômicos, permitem
a identificação de pontos de estrangulamentos do processo
produtivo.
É
possível reduzir as despesas da produção mantendo as receitas
constantes, ou aumentando-as sem diminuir a produtividade.
O
controle da rentabilidade da produção deverá estar voltado para o
futuro com a elaboração do custo meta
e
durante a produção para o monitoramento da produção, em tempo
real, para controlar e alimentar o processo de tomada de decisão.
Um
menor custo unitário de produção poderá ser obtido com um menor
preço de compra dos insumos, pela redução do consumo desses e com
aumento da eficiência, não afetando a produtividade e cortando-se
os custos ruins.
Para
racionalizar a receita não se deve fazer um corte linear em todos os
itens do custeio e, sim, proceder a uma análise de cada um e
identificar aqueles que agregam valor ao produto, que são os custos
bons e os que não agregam, denominados de custos ruins, para, então,
realizar os cortes.
Geralmente
os custos fixos estão mal dimensionados, como o excesso de
mecanização, ociosidade de mão de obra e construções, muito
capital fixo e pouco capital de giro e altos custos administrativos.
Se
o produtor começar a ser eficiente, vai gostar, vai aprovar, vai
ganhar mais e isso se torna rotina e cada vez vai ganhar mais e ficar
menos dependente de fatores externo.
Para
finalizar, já que estamos em tempo de eleições, pedimos que os
Governos que não ajudam os produtores, façam a sua parte e não
atrapalhem.
Já
é bastante!
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