O USDA, em seu 9º levantamento da safra mundial de soja em
2015/16, reduziu a estimativa de produção global da oleaginosa para 319,0
milhões de t, volume 1,1 milhão de t inferior ao levantamento de dezembro de
2015. Ainda assim, trata-se de um volume recorde.
O consumo do grão foi ampliado de 312,3 milhões de t em
dez/15 para 314,0 milhões de t no atual relatório. Esse volume supera em 4,5% a
demanda de 2014/15. Já os estoques finais ficaram 3,3 milhões de t menores na
passagem de dezembro de 2015 para janeiro de 2016, totalizando 79,3 milhões de
t. O Departamento de Agricultura dos EUA manteve praticamente
estável a previsão para as exportações globais do grão, em 129,8 milhões de t,
o que representa um recorde. Os EUA seguem como o maior produtor global da oleaginosa,
com 107,0 milhões de t. Porém, o USDA reduziu a expectativa de colheita do país
em 1,4 milhão de t em relação ao relatório anterior. Para o Brasil, não houve modificações em termos de produção,
estimada em um recorde de 100 milhões de t para o ciclo 2015/16. Segundo o
relatório da Conab, a safra brasileira deve ser de 102,1 milhões de t no mesmo
período, o que representa quase o dobro da produção de 10 anos atrás. O consumo dos norte-americanos ficou relativamente estável
em relação à dezembro de 2015 e 2014/15. Com isso, é esperada uma demanda de
55,0 milhões de t no país, o que representa um recorde. O consumo médio dos EUA
nos últimos 10 anos é de 51 milhões de t. O destaque no consumo ficou com a
Argentina, com aumento de 0,9 milhão de t em relação à dez/15, e China, com
incremento na demanda de 1,0 milhão de t em comparação ao relatório anterior. A
Argentina deve consumir 47,9 milhões de t em 2015/16, e a China, maior
consumidora global do grão, 94,2 milhões de t. Em relação ao levantamento de dezembro de 2015, as
exportações dos EUA foram ligeiramente reduzidas (-0,7 milhão de t), o que foi
compensada por aumento praticamente da mesma proporção nos embarques da
Argentina (+ 0,6 milhão de t). Com isso, o USDA prevê embarques de 46 milhões
de t dos EUA e 11,8 milhões de t da Argentina para 2015/16. O Brasil segue como
maior exportador global de soja, com 57 milhões de t, incremento de 12,6% sobre
2014/15.
Os estoques mundiais saíram de 82,6 para 79,3
milhões de t entre o relatório de dezembro e janeiro, com reduções nos volumes
dos EUA (-0,7 milhão de t), Argentina (-1,4 milhão de t) e China (-1,4 milhão
de t). Em comparação à 2014/15, o nível dos estoques globais segue 3% superior (131%
nos EUA). Já reduções da ordem de 8,5% e 10,9% foram apontadas para Argentina e
China, respectivamente.
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