Em
seu 2º levantamento para a safra mundial de soja 2016/17, o USDA reduziu de
324,2 para 323,7 milhões de toneladas a estimativa de produção, volume ainda
recorde, superando em 10,4 milhões de toneladas do ciclo anterior.
Esse
desempenho é resultado da maior área esperada com o grão. A produtividade média
ficou ligeiramente acima da observada na safra anterior.
O
relatório manteve a trajetória de crescimento do consumo mundial, que deve
chegar a um volume recorde de 328 milhões de toneladas, 3,1% acima de 2015/16.
O estoque deve atingir 66,3 milhões de toneladas, redução de 6 milhões de toneladas
sobre a safra anterior.
O
USDA reduziu em 600 mil toneladas sua expectativa para as exportações entre
maio e junho, totalizando 137,7 milhões de toneladas. Ainda assim, o volume
previsto é recorde e superior à 2015/16.
O
USDA manteve sua estimativa anterior para os EUA, Brasil, Argentina e China. Em
relação à safra 2015/16, os EUA devem reduzir sua oferta em 3,3%, devido a expectativa
de menor área plantada e produtividade.
Para
a Argentina e a China, o órgão espera produtividade relativamente estável em
comparação à 2015/16, com ligeiro aumento na área plantada, o que resulta em crescimento
da oferta de ambos os países.
Para
o Brasil, o aumento previsto para área e produtividade contribuiu para uma
estimativa recorde de 103 milhões de toneladas.
O
consumo global novamente deve registrar recorde, influenciado pela demanda da
China, que deve atingir 100,8 milhões de toneladas no atual período, resultado
que supera em 5,8% o volume de 2015/16.
Para
os EUA, o USDA manteve estável sua estimativa de maio, volume idêntico ao da
safra anterior, de 55,5 milhões de toneladas.
O
consumo do Brasil está estimado em 43,1 milhões de toneladas, volume
praticamente idêntico ao período anterior e abaixo do pico de 2014/15.
As
exportações globais passaram de 138,3 milhões de toneladas, previstas no
primeiro levantamento, para as atuais 137,7 milhões de toneladas. A revisão foi
influenciada pelo Brasil, que segundo o USDA deve exportar 59,7 milhões de toneladas,
volume 500 mil toneladas menor que o apontado em maio. Ainda assim, as previsões
para o país continuam recordes, superando em 1,6% o registrado em 2015/16.
Em
contrapartida, o USDA ampliou a expectativa de exportação dos EUA, projetada em
51,7 milhões de toneladas, também um recorde para o país.
A
expectativa de estoques de todos os grandes players foram revisadas para baixo,
refletindo no resultado global, que deve ser de 66,3 milhões de toneladas, 8,3%
inferior à 2015/16.
A
Argentina detém o maior nível de estoque, com 24,7 milhões de toneladas, volume
2,4 milhões de toneladas menor do que os 27 milhões de toneladas de 2015/16,
reflexo da menor oferta prevista para 2016/17.
O
estoque final do Brasil segue superior ao de 2015/16, porém menor em comparação
à maio, devido a revisão nos estoques de passagem.
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