Em seu 2º. levantamento da safra mundial de soja 2020/21, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América- USDA apresentou poucos
ajustes em relação ao relatório anterior.
Para esse mês, o órgão estimou uma
produção de 362,8 milhões de toneladas, crescimento de 8,2% ou 27,5 milhões de toneladas
em relação ao ciclo 2019/20. O aumento advém de uma expectativa de maiores
colheitas nos EUA, Brasil e Argentina.
O
consumo mundial foi revisado para cima na passagem do mês, projetado em 361,7
milhões de toneladas, aumento de 3,8% em relação a safra passada. Os estoques
devem ficar ligeiramente menores em relação ao registrado na safra 2019/20,
totalizando 96,3 milhões de toneladas (-2,9%).
O volume representa 26,6% da
demanda mundial.
A
expectativa para as exportações globais ficou em 162,0 milhões de toneladas, incremento
de 4,1% em relação a safra anterior, com perspectiva de embarques recordes.
A
estimativa para a produção de soja no Brasil, na safra 2020/21, foi mantida na
passagem do mês, projetada em 131 milhões de toneladas. Se confirmada, o país
continuará em sua posição de liderança na oferta mundial da oleaginosa.
O órgão
também manteve inalterada a expectativa de produção de soja para EUA e
Argentina, outros grandes produtores da commodity ao lado do Brasil. Em relação
a safra passada, a colheita americana em 2020/21 deve ser 16,1% superior, e a
argentina, 7,0% maior.
Na comparação
mensal, a estimativa para a produção no México foi revisada para baixo, em
2,5%.
O
consumo mundial foi revisado para cima na passagem do mês, em 0,3%, puxado por
aumentos pela demanda de soja na China e nos EUA.
Na
China, a demanda foi estimada em 111,9 milhões de toneladas, crescimento de
0,4% em relação ao levantamento anterior.
Já o
consumo nos EUA foi projetado em 62,0 milhões de toneladas, 0,7% maior que a
estimativa do mês passado.
O aumento
decorre de uma previsão de maior esmagamento da oleaginosa, em função do
aumento no uso doméstico de farelo de soja.
As
exportações de soja dos EUA para 2019/20 foram revisadas para baixo em relação
ao mês passado, caindo de 45,6 milhões para 44,9 milhões de toneladas, devido a
maior concorrência com a América do Sul. Com isso, o crescimento das vendas externas
da oleaginosa devem ser 24,2% maiores em 2020/21.
Para
2019/20, as exportações de soja aumentaram 1 milhão de toneladas para Argentina
e Brasil, com base no ritmo recente dos embarques, reflexo do aumento das
compras de soja para esmagamento pela China. No entanto, para a safra 2020/21, Brasil
deve ter queda de 2,4% nos embarques e Argentina, redução de 27,8%.
Os
estoques mundiais registraram uma queda de 2,1% na comparação com o
levantamento anterior. Esse desempenho foi influenciado, principalmente, pela
estimativa de redução nos estoques da Argentina (-5,1%), do Brasil (-3,4%) e
dos EUA (-2,4%), na mesma base de comparação.
Os menores volumes são devido às
revisões dos balanços 2019/20, que registraram um pior desempenho do que o
previsto anteriormente.
O
estoque de soja da China teve aumento de 1,9% em relação ao relatório de maio,
e foi projetado em 27,7 milhões de toneladas. O montante, se confirmado, será
5,7% maior que o da safra 2019/20.
Nenhum comentário:
Postar um comentário