8 de novembro de 2010

LA NIÑA 2010/2011

O Oceano Pacífico encontra-se mais frio que normal, com desvio que chega a -1,5°C na região onde existe maior correlação com os efeitos na atmosfera.
A última avaliação, realizada entre 25 e 27 de outubro, mostra que três das quatro áreas registraram aumento de até 0,5°C na temperatura da água do mar.
Entretanto, as simulações indicam que este declínio não está associado com enfraquecimento do fenômeno La Niña.
Até a primeira quinzena do mês de outubro, todas as simulações feitas pela NOAA e demais órgãos internacionais indicavam um máximo da La Niña acontecendo justamente neste trimestre (outubro, novembro, dezembro).
Entretanto, a atualização da NOAA, realizada em 29 de outubro, mudou e passou a indicar o máximo do fenômeno La Niña por volta do mês de março de 2011.
Ainda não é possível afirmarmos se esta mudança acontecerá de fato ou se o máximo do fenômeno La Niña já está para acontecer.
Monitoraremos novas atualizações das várias simulações internacionais ao longo do mês de novembro para definirmos qual padrão será registrado.
De qualquer forma, a atmosfera será influenciada pelo fenômeno La Niña (intenso) por pelo menos mais seis meses, independentemente do período de seu máximo.
Além disso, mesmo com a mudança na previsão, a comparação continua sendo feita com o biênio 98-99.
Naquela época, também foi observada uma rápida mudança na temperatura de todo o Pacífico, passando de um El Niño no início de 98 para uma La Niña no fim do mesmo ano.
Apesar da comparação, o fenômeno não deverá ser tão duradouro como aquele. Naquela época, o fenômeno La Niña começou em 1998 e prosseguiu até 2001.
Já neste ano, a temperatura da água no Pacífico oeste em torno dos 100 metros de profundidade está até 6°C mais quente que o normal.
Situações semelhantes no passado indicaram que esta água mais quente que o normal acabou aflorando e enfraquecendo o fenômeno La Niña.
Portanto, apesar do atual fenômeno La Niña ainda influenciar a atmosfera por pelo menos mais seis meses, ele não deverá ser tão duradouro quanto o fenômeno registrado entre 1998 e 2001.
FONTE; SOMAR METEOROLOGIA

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