Em
seu 2º levantamento da safra mundial de soja 2018/19, o Departamento de
Agricultura dos Estados Unidos - USDA estimou uma produção de 355,2 milhões de toneladas,
resultado 18,5 milhões de toneladas superior ao ciclo 2017/18 e ligeiramente
acima da expectativa do mês anterior.
O
consumo mundial de soja em grão continuou relativamente estável em relação ao
primeiro levantamento, projetado em 357,7 milhões de toneladas, aumento de 4,5%
sobre a safra passada e volume recorde. Para os estoques finais, a previsão é de
um recuo de 5,9% ante o ciclo anterior, chegando a 87,0 milhões de toneladas.
A
expectativa para as exportações globais ficou em 162,4 milhões de toneladas,
aumento de 6,7% em relação a safra anterior e 0,3% na comparação mensal, mantendo
a perspectiva de embarques recordes para 2018/19.
O USDA
elevou sua última estimativa de produção do Brasil, que passou de 117,0 para
118,0 milhões de toneladas. No entanto, em razão da maior produtividade da
safra 2017/18, o órgão revisou os números desta última safra, para 119,0
milhões de tonelada, o que significa um recuo de 0,8% na comparação anual.
Em
relação ao primeiro levantamento, o USDA manteve inalteradas as previsões de
safra dos EUA (116,5 milhões de toneladas) e da Argentina (56,0 milhões de
toneladas). Se confirmadas, representariam uma queda de 2,5% para o primeiro e
um incremento de 51,4% para o segundo, recompondo a quebra da safra passada.
Em
relação ao levantamento anterior, publicado em maio, não houve modificações
significativas. O consumo na China, estimado em 118,4 milhões de toneladas,
teve crescimento de 6,9% em relação à safra passada. Já o consumo nos EUA deve atingir
58,1 milhões de toneladas.
Para
a Argentina, espera-se uma demanda de 48,9 milhões de toneladas, aumento de
8,9% sobre o ciclo anterior.
No
caso do Brasil, o USDA projetou um consumo levemente superior nessa safra em
relação a 2017/18, que deve atingir 46,8 milhões de toneladas, volume recorde
para o país.
A
estimativa de exportação do Brasil foi elevada em 650 mil toneladas na
comparação mensal, totalizando 73,0 milhões de toneladas.
Para
os EUA, o USDA manteve inalterada a sua última estimativa de embarques de soja
do país em 62,3 milhões de toneladas, volume 10,9% maior do que o da safra
2017/18.
Já
para a Argentina, o órgão projeta um forte incremento de 128,6% na comparação
anual, somando 8,0 milhões de toneladas, recompondo a significativa perda do
país na safra 2017/18. Em relação ao primeiro levantamento, não houve modificações
nas previsões.
Os
estoques finais globais de soja 2018/19 foram aumentados em 320 mil toneladas
entre o primeiro e o segundo levantamento, para 87,0 milhões de toneladas,
influenciados por estoques mais altos no Brasil (incremento de 1,8 milhão de toneladas
na comparação mensal), que foram estimados em 23,0 milhões de toneladas,
parcialmente compensados por volumes menores nos Estados Unidos e Argentina.
O
USDA manteve inalterado os estoques finais da China, em 19,2 milhões de
toneladas, queda de 7,0% em relação à safra 2017/18.
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