29 de novembro de 2016

Safra mundial de soja - 7º levantamento USDA -nov/16.

O USDA estima que a safra mundial de soja em 2016/17 será de 336,1 milhões de toneladas, um aumento de 2,9 milhões de toneladas em relação à previsão de outubro.
O 7º relatório destaca, também, a área recorde esperada para a cultura, que pode alcançar 122 milhões de ha em todo o mundo.
O consumo previsto para o período projetado é de 328,7 milhões de toneladas, o que supera em 4,2% o registrado em 2015/16.
Os estoques podem superar em 4,5 milhões de toneladas o apresentado no ciclo anterior e contabilizar 81,5 milhões de toneladas.
As previsões para as exportações 2016/17 ficaram relativamente estáveis em comparação à estimada em outubro, com 139,2 milhões de toneladas, o que significa um recorde.
O maior aumento na expectativa de produção da soja recai sobre os EUA, o que significa 2,5 milhões de toneladas a mais na estimativa de novembro, em relação à outubro.
Se o resultado for confirmado, o país encerrará o período projetado com 118,7 milhões de toneladas, volume recorde e 11,1% superior ao de 2015/16.
 Para o Brasil, o relatório aponta para uma safra também recorde, de 102 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 5,7% em relação à 2015/16.
 China (100,8 milhões de t), EUA (56,0 milhões de t),Argentina (48,8 milhões de t) e Brasil (44,1 milhões de t) devem registrar consumo recorde de soja no ciclo 2016/17.
O primeiro, desde 2004/05, tem registrado recordes anuais. O segundo volta a elevar o seu nível de consumo após uma queda entre 2014/15 e 2015/16.
 Em relação ao relatório de outubro, as demandas brasileiras e argentinas de soja ficaram estáveis. A da China ficou ligeiramente acima, enquanto para os EUA estima-se 510 mil toneladas a menos.
O USDA elevou a expectativa de embarques do grão para os EUA, em 680 mil toneladas, totalizando o volume recorde de 55,8 milhões de toneladas.
 Para o Brasil, o Departamento de Agricultura dos EUA manteve inalterada a estimativa anterior, em 58,4 milhões de toneladas, recorde para o País.
 Com um aumento previsto da oferta mundial acima da demanda, o USDA elevou a expectativa dos estoques globais em 4,2 milhões de toneladas entre o sexto e o sétimo levantamento, somando 81,5 milhões de toneladas.
 Para os EUA, o incremento na estimativa nesse mesmo período foi de 2,3 milhões de toneladas, o que resultou no estoque previsto de 13,1 milhões de toneladas para 2016/17.
Se confirmado, esse volume será o maior desde a safra 2006/07, quando registrou 15,6 milhões de toneladas.

18 de julho de 2016

safra de soja 2016/2017

     Em seu 3º levantamento para a safra mundial de soja 2016/17, na passagem de junho para julho, o USDA ampliou em 0,7% a estimativa de produção global de soja - para 326,0 milhões de toneladas, volume recorde que supera o ciclo anterior em 13,6 milhões de toneladas.
     Esse desempenho é resultado da maior expectativa à área com o grão. A produtividade média também ficou ligeiramente acima da observada na safra anterior.
     O atual relatório prevê um aumento marginal no consumo mundial do grão, que deve chegar a um volume recorde de 328,8 milhões de toneladas, 3,6% acima de 2015/16. O estoque deve atingir 67,1 milhões de toneladas, representando redução de 5 milhões de toneladas sobre a safra anterior.
     O USDA elevou em 550 mil toneladas sua expectativa para as exportações em relação ao levantamento de junho, totalizando 138,3 milhões de toneladas, o que significa volume recorde, superando 2015/16.
     A expectativa de produção dos EUA elevou em 2,2 milhões de toneladas em relação ao relatório de junho, totalizando 105,6 milhões de toneladas, resultado da maior área plantada prevista para a safra 2016/17. Ainda assim, o volume apresenta queda de 1,3% sobre 2015/16.
   O USDA manteve inalteradas as previsões para produção do Brasil (103 milhões de toneladas), da Argentina (57,0 milhões de toneladas) e da China (12,2 milhões de toneladas) em comparação ao relatório de junho.
     O consumo da China ficou inalterado em relação ao último relatório, em 100,8 milhões de toneladas, demanda recorde que supera em quase 6% o registrado em 2015/16.
    Para os EUA, o USDA elevou em cerca de 300 mil toneladas o volume previsto para o consumo no país em junho, totalizando 55,8 milhões de toneladas, o que representa um recorde.
    O consumo do Brasil também foi elevado entre junho e julho, chegando à 43,6 milhões de toneladas, volume um pouco abaixo do recorde de 2015/16.
    Em relação às exportações, poucas foram as alterações em relação ao último relatório: USDA ampliou sua previsão para os embarques dos EUA, que devem chegar à 52,3 milhões de toneladas, volume recorde que supera em 7% o registrado em 2015/16.
     Para o Brasil, o órgão manteve a expectativa de vendas externas em 59,7 milhões de toneladas, volume recorde para o país.
     Em comparação a junho, o USDA elevou em 840 mil toneladas os estoques finais dos EUA, totalizando 7,9 milhões de toneladas, volume 17% menor em relação à 2015/16.
Para a Argentina, a previsão anterior ficou inalterada em 24,7 milhões de toneladas, volume 2,4 milhões de toneladas inferior ao registrado na safra 2015/16.
    Os estoques finais do Brasil são previstos em 15,5 milhões de toneladas, volume idêntico ao registrado na safra anterior e 100 mil toneladas menor que o previsto em junho.

ovinos santa ines


ovinos dorper e santa ines


ovinos dorper


12 de julho de 2016

Safra futura de soja 2016/2017

     Em seu 2º levantamento para a safra mundial de soja 2016/17, o USDA reduziu de 324,2 para 323,7 milhões de toneladas a estimativa de produção, volume ainda recorde, superando em 10,4 milhões de toneladas do ciclo anterior.
     Esse desempenho é resultado da maior área esperada com o grão. A produtividade média ficou ligeiramente acima da observada na safra anterior.
     O relatório manteve a trajetória de crescimento do consumo mundial, que deve chegar a um volume recorde de 328 milhões de toneladas, 3,1% acima de 2015/16. O estoque deve atingir 66,3 milhões de toneladas, redução de 6 milhões de toneladas sobre a safra anterior.
    O USDA reduziu em 600 mil toneladas sua expectativa para as exportações entre maio e junho, totalizando 137,7 milhões de toneladas. Ainda assim, o volume previsto é recorde e superior à 2015/16.
     O USDA manteve sua estimativa anterior para os EUA, Brasil, Argentina e China. Em relação à safra 2015/16, os EUA devem reduzir sua oferta em 3,3%, devido a expectativa de menor área plantada e produtividade.
     Para a Argentina e a China, o órgão espera produtividade relativamente estável em comparação à 2015/16, com ligeiro aumento na área plantada, o que resulta em crescimento da oferta de ambos os países.
     Para o Brasil, o aumento previsto para área e produtividade contribuiu para uma estimativa recorde de 103 milhões de toneladas.
     O consumo global novamente deve registrar recorde, influenciado pela demanda da China, que deve atingir 100,8 milhões de toneladas no atual período, resultado que supera em 5,8% o volume de 2015/16.
    Para os EUA, o USDA manteve estável sua estimativa de maio, volume idêntico ao da safra anterior, de 55,5 milhões de toneladas.
    O consumo do Brasil está estimado em 43,1 milhões de toneladas, volume praticamente idêntico ao período anterior e abaixo do pico de 2014/15.
    As exportações globais passaram de 138,3 milhões de toneladas, previstas no primeiro levantamento, para as atuais 137,7 milhões de toneladas. A revisão foi influenciada pelo Brasil, que segundo o USDA deve exportar 59,7 milhões de toneladas, volume 500 mil toneladas menor que o apontado em maio. Ainda assim, as previsões para o país continuam recordes, superando em 1,6% o registrado em 2015/16.
     Em contrapartida, o USDA ampliou a expectativa de exportação dos EUA, projetada em 51,7 milhões de toneladas, também um recorde para o país.
     A expectativa de estoques de todos os grandes players foram revisadas para baixo, refletindo no resultado global, que deve ser de 66,3 milhões de toneladas, 8,3% inferior à 2015/16.
     A Argentina detém o maior nível de estoque, com 24,7 milhões de toneladas, volume 2,4 milhões de toneladas menor do que os 27 milhões de toneladas de 2015/16, reflexo da menor oferta prevista para 2016/17.
     O estoque final do Brasil segue superior ao de 2015/16, porém menor em comparação à maio, devido a revisão nos estoques de passagem.

11 de maio de 2016

cordeiros cruza santa ines X dorper


cordeiros santa ines X dorper


SAFRA DE SOJA 2016/2017

Em seu 1º levantamento da safra mundial 2016/17, o USDA estima uma produção recorde de soja de 324,2 milhões de toneladas, superando em 8,3 milhões de toneladas (2,6%) o volume do ciclo anterior. 
Esse desempenho é resultado da maior área esperada com o grão. A produtividade média manteve-se relativamente estável.
O relatório apresenta uma estimativa de crescimento do consumo mundial de 3,1% em relação à safra 2015/16, que deve totalizar um recorde de 328,0 milhões de toneladas. 
O estoque previsto é 8,1% inferior ao registrado no período anterior, somando 68,2 milhões de toneladas.
O USDA também aponta um recorde nas exportações, de 138,3 milhões de toneladas, volume 4,3% acima do observado na safra passada, impulsionadas principalmente pelas importações chinesas.
A produção mundial de soja está projetada em 324,2 milhões de toneladas, um aumento de 8,3 milhões de toneladas, com destaque para o Brasil, contrastando com a menor produção nos EUA (-3,3%).
 O Brasil deve ampliar área e produtividade em 2016/17, resultando em uma produção recorde de 103,0 milhões de toneladas, volume 4,0% superior à safra 2015/16.
 A safra Argentina deve ser de 57,0 milhões de toneladas, também influenciado por melhora na produtividade e ampliação de área.
O USDA estima um novo recorde para o consumo da China, que deverá utilizar 100,8 milhões de toneladas de soja, ampliando sua utilização para alimentação animal e à indústria de óleo vegetal.
Para os EUA também é esperado um consumo recorde, de 55,5 milhões de toneladas, em função da maior oferta de carnes esperada no país.
 Já o consumo do Brasil deve ficar relativamente estável,em torno de 43 milhões de toneladas, enquanto na Argentina deve cair 2,6% em relação à 2015/16, totalizando 48,8 milhões de toneladas.
O recorde nas exportações mundiais é impulsionado principalmente pelas vendas brasileiras e norte-americanas e pelas importações da China. 
O volume embarcado pelo Brasil deverá alcançar 60,2 milhões de toneladas, 1,2% acima do realizado no ciclo passado. 
Nos EUA, segundo maior exportador global, também é previsto um volume recorde de 51,3 milhões de toneladas, incremento de 8,3% na mesma base de comparação.
Para a Argentina é esperado um recuo de 6,6% nas vendas externas do grão, totalizando 10,7 milhões de toneladas.
A provável demanda global recorde, superando a oferta, se reflete nos níveis dos estoques mundiais, que devem atingir 68,2 milhões de toneladas, uma redução de 8,1% na comparação com o período anterior. 
Vale ressaltar que a oferta é composta por produção, importação e estoque inicial, enquanto a demanda é a soma de consumo e exportação.

Com exceção ao Brasil, que manteve seus estoques inalterados em relação à 2015/16, todos os demais grandes players devem reduzir seus estoques finais.

14 de março de 2016

Safra de soja 2015 -11º levantamento safra mundial

Em seu 11º levantamento da safra mundial de soja 2015/16, o USDA prevê uma produção de 320,2 milhões de toneladas, crescimento de 1,6 milhão de toneladas ou menos 0,5% em relação à safra 2014/15. Entre o 10º e o 11º levantamento, as estimativas caíram em 300 mil toneladas.

O consumo mundial de soja foi estimado em 315,7 milhões de toneladas, volume 1,2 milhão de toneladas superior ao registrado no relatório de fevereiro e 5,5% acima da safra 2014/15. Para os estoques, espera-se um aumento de 2,2% entre as safras 2014/15 e 2015/16, chegando a 78,9 milhões de toneladas.

Projeta-se para 2015/16 um incremento de 4,0% nas exportações mundiais em relação a 2014/15, totalizando 130,9 milhões de toneladas, resultado influenciado pelo aumento das vendas externas da América do Sul.

Em relação ao relatório de fevereiro, o USDA manteve sua previsão de oferta para os EUA, Brasil e Argentina, estimadas em 106,9, 100,0 e 58,5 milhões de toneladas, respectivamente.

 Em relação à safra 2014/15, a produção do Brasil pode ser 4,0% superior, resultado de área e produtividade maiores.

No caso da Argentina, embora o órgão espere aumento de área nessa base de comparação, o país deve registrar queda na produtividade da lavoura. Já para os EUA, é previsto queda em área plantada e produtividade.

Em relação ao relatório anterior, o Departamento de Agricultura dos EUA ampliou a estimativa de consumo da Argentina (+1,3 milhão de toneladas) e da China (+1,1 milhão de toneladas), reduziu para os EUA (-300 mil toneladas) e manteve a previsão para o Brasil.

Confirmado esses resultados, China (com 95,3 milhões de toneladas), Argentina (com 49,9 milhões de toneladas) e Brasil (com 43,0 milhões de toneladas) devem registrar consumo recorde.

Já o consumo dos EUA deve ser 0,9% menor do que o verificado em 2014/15, totalizando 54,4 milhões de toneladas.

A estimativa de venda externa do Brasil foi elevada em 1 milhão de toneladas em relação ao levantamento anterior. Com isso, o país deve embarcar 58 milhões de t em 2015/16, volume 14,6% superior ao do ciclo 2014/15.

As estimativas para os EUA e Argentina ficaram inalteradas entre fevereiro e março. 

Com isso, o USDA prevê exportações de 46 e 11,8 milhões de toneladas, respectivamente.

O USDA reduziu as estimativas dos estoques da Argentina e do Brasil em relação ao relatório de fevereiro, passando para 28,7 e 18,3 milhões de toneladas, respectivamente.


Os estoques dos EUA foram estimados em 12,5 milhões de toneladas, volume 280 mil toneladas superior ao previsto em fevereiro e 7,3 milhões de toneladas maior do que o da safra 2014/15.

15 de fevereiro de 2016

10º levantamento da safra de soja 2015/2016

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), em seu 10º levantamento de acompanhamento da safra mundial de soja 2015/1 apresentou um aumento de 1,5 milhão de t em relação à janeiro. Com isso, o USDA prevê uma safra global recorde de 320,5 milhões de t para o período 2015/16.
O consumo mundial do grão foi estimado em 314,5 milhões de t, volume relativamente estável em relação ao relatório de janeiro. Esse volume supera em 14,0 milhões de t a demanda de 2014/15 e representa um recorde. Em relação ao relatório do mês anterior, os estoques finais globais da oleaginosa foram ampliados em 1,1 milhão de t, atingindo o maior nível da história, com 80,4 milhões de t.
O Departamento de Agricultura dos EUA manteve estável a previsão para as exportações globais do grão, em 129,8 milhões de t, o que também representa um recorde.
Em relação à janeiro, o USDA manteve sua previsão de oferta para os EUA e Brasil, estimadas em 107,0 e 100,0 milhões de t, respectivamente. Trata-se de colheita recorde para ambos os países. A previsão do Brasil está em linha com a apresentada pela Conab (100,9 milhões de t para o mesmo período).
As estimativas para a produção da Argentina melhoraram em comparação à janeiro, passando de 57,0 para 58,5 milhões de t. Isso se deve à previsão de uma área plantada recorde no país (20,0 milhões de ha). Ainda assim, a colheita deverá ser 4,7% inferior à safra 2014/15.
O consumo da China, maior demandante de soja do mundo, ficou estável em relação à janeiro, projetado em 94,2 milhões de t. Esse volume representa um recorde em termos históricos e um incremento de 8% sobre 2014/15.
O consumo da Argentina foi elevado na passagem de janeiro para fevereiro, estimado em 48,6 milhões de t, o que significa um aumento de 660 mil t. Com isso, o país deverá consumir o maior volume de sua história e superar em 7,4% a demanda registrada em 2014/15.
As exportações não apresentaram nenhuma modificação significativa na passagem de janeiro para fevereiro.
Com isso, Brasil, maior exportador global, com 57,0 milhões de t, e EUA, segundo maior, com 46,0 milhões de t, seguem representando, juntos, quase 80% de toda a exportação do mundo. A Argentina, na terceira posição do ranking, deve embarcar 11,8 milhões de t em 2015/16, superando em 1,2 milhão de t as vendas de 2014/15.
Os estoques mundiais saíram de 79,3 para 80,4 milhões de t entre o relatório de janeiro e fevereiro. Isso se deve ao crescimento da oferta acima da demanda global pelo grão, o que pode gerar pressão baixista nas cotações internacionais da soja.

Os estoques da Argentina e dos EUA foram ampliados em 840 e 270 mil t, respectivamente, em comparação ao relatório de janeiro. Em relação à 2014/15, a Argentina deve reduzir seus estoques, com aumento do consumo interno e maior exportação do grão.

22 de janeiro de 2016

Frio em 2016 deve chegar mais cedo

O ano de 2016 começa sob os efeitos do fenômeno El Niño, que atua desde o início de 2015. O fenômeno foi classificado entre os três mais fortes das últimas três décadas. O El Niño deve perder força no decorrer do segundo trimestre (abril, maio e junho).
Durante o inverno, teremos um período de transição climática, indicando que neste ano o frio deve chegar mais cedo. Para o segundo semestre de 2016, os modelos climáticos apontam para o início de uma nova fase de águas frias sobre o Oceano Pacífico equatorial, com indicativo da provável configuração de um episódio de La Niña.
O clima sinaliza muitas variações em 2016. Para uns, as condições melhoram, enquanto para outros, pioram. O fato é que todos acabam sendo afetados por essas variações do clima de forma direta ou indireta.
O produtor rural, em especial, deve ficar ainda mais atento ao clima, pois as condições de desenvolvimento das lavouras do próximo ano devem ser diferentes das observadas nos últimos anos. Em 2016, cada estação do ano estará sob a influência de um fenômeno climático diferente.
Neste verão para as culturas de verão o El Niño favorece as lavouras na Região Sul e também em Mato Grosso do Sul, pois mantém um padrão de chuvas mais regulares, mas, sobretudo, porque reduz o risco de estiagens e secas severas, que é sempre a principal ameaça para essa região.

Para o outono o El Niño  vai enfraquecer. A principal consequência está associada com a queda da temperatura. O outono de 2016 deve ter temperaturas mais baixas que no outono passado. O outono de 2015 foi anomalamente quente por causa do El Niño.
Para os Estados do Sul do país, já se pode esperar algumas ondas de frio a partir de maio, o que aumenta o risco de geadas em junho.
No inverno passa a prevalecer um padrão mais típico da estação, que representa uma condição de mais frio para o sul do Brasil, onde as culturas de inverno serão beneficiadas com essa mudança do clima. Em vez de excesso de chuva e calor atípico como em 2015, no próximo inverno deve haver uma redução das chuvas, temperaturas mais baixas e ondas de frio, como é típico dessa estação. Por enquanto, não há previsão de frio extremo e inverno rigoroso.

Já na primavare há indicativo dos efeitos do La Niña. Muito provável que a partir da primavera de 2016 vamos começar a sentir os primeiros efeitos do fenômeno La Niña, caracterizado pelo prolongamento do frio e pela redução das chuvas no sul do Brasil.

18 de janeiro de 2016

safra de soja 2015/2016

     O USDA, em seu 9º levantamento da safra mundial de soja em 2015/16, reduziu a estimativa de produção global da oleaginosa para 319,0 milhões de t, volume 1,1 milhão de t inferior ao levantamento de dezembro de 2015. Ainda assim, trata-se de um volume recorde.
     O consumo do grão foi ampliado de 312,3 milhões de t em dez/15 para 314,0 milhões de t no atual relatório. Esse volume supera em 4,5% a demanda de 2014/15. Já os estoques finais ficaram 3,3 milhões de t menores na passagem de dezembro de 2015 para janeiro de 2016, totalizando 79,3 milhões de t.     O Departamento de Agricultura dos EUA manteve praticamente estável a previsão para as exportações globais do grão, em 129,8 milhões de t, o que representa um recorde.     Os EUA seguem como o maior produtor global da oleaginosa, com 107,0 milhões de t. Porém, o USDA reduziu a expectativa de colheita do país em 1,4 milhão de t em relação ao relatório anterior.     Para o Brasil, não houve modificações em termos de produção, estimada em um recorde de 100 milhões de t para o ciclo 2015/16. Segundo o relatório da Conab, a safra brasileira deve ser de 102,1 milhões de t no mesmo período, o que representa quase o dobro da produção de 10 anos atrás.    O consumo dos norte-americanos ficou relativamente estável em relação à dezembro de 2015 e 2014/15. Com isso, é esperada uma demanda de 55,0 milhões de t no país, o que representa um recorde. O consumo médio dos EUA nos últimos 10 anos é de 51 milhões de t. O destaque no consumo ficou com a Argentina, com aumento de 0,9 milhão de t em relação à dez/15, e China, com incremento na demanda de 1,0 milhão de t em comparação ao relatório anterior. A Argentina deve consumir 47,9 milhões de t em 2015/16, e a China, maior consumidora global do grão, 94,2 milhões de t.     Em relação ao levantamento de dezembro de 2015, as exportações dos EUA foram ligeiramente reduzidas (-0,7 milhão de t), o que foi compensada por aumento praticamente da mesma proporção nos embarques da Argentina (+ 0,6 milhão de t). Com isso, o USDA prevê embarques de 46 milhões de t dos EUA e 11,8 milhões de t da Argentina para 2015/16. O Brasil segue como maior exportador global de soja, com 57 milhões de t, incremento de 12,6% sobre 2014/15.
     Os estoques mundiais saíram de 82,6 para 79,3 milhões de t entre o relatório de dezembro e janeiro, com reduções nos volumes dos EUA (-0,7 milhão de t), Argentina (-1,4 milhão de t) e China (-1,4 milhão de t). Em comparação à 2014/15, o nível dos estoques globais segue 3% superior (131% nos EUA). Já reduções da ordem de 8,5% e 10,9% foram apontadas para Argentina e China, respectivamente.